Para inaugurar o blog, escolhi trazer este texto, que foi escrito pela Helena Freddi, em 2019, para a revista de gravura britânica Pressing Matters (número 10). O texto é pequeno porém carregado de informações históricas e com um olhar particular de quem já trabalhou num ateliê europeu tradicional, e oferece para nós, praticantes da gravura, um panorama muito interessante sobre onde estamos e o que estamos fazendo.
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HF atelier de gravura e a gravura brasileira
A gravura artística no Brasil começa a ser feita apenas no início do Sec. XX. Antes disso existia somente a gravura para atender as demandas da corte e do comércio. Isto porque o Brasil permitirá o ensino e a prática livre da gravura após tornar-se república.
Deste fato resulta que a gravura no país é realizada de maneira um pouco diferente do que se pratica normalmente em outros países. Não é uma diferença técnica, mas em como funcionam os ateliês e a relação do artista com a fatura da gravura. Embora existam ateliês coletivos no país, esses espaços são usados para a prática e desenvolvimento do aprendiz.
No geral, o artista que se interessa pela gravura, desenvolverá ele mesmo todo o trabalho, ou seja, vai projetar, gravar a matriz e imprimir os exemplares das gravuras. A figura do impressor ou do ateliê que preste serviços profissionais é rara, pois é normal o artista possuir seu próprio ateliê. Mas, quando os artistas têm projetos que exigem equipamentos mais específicos, recorrem aos poucos espaços que oferecem condições para a realização de seu trabalho.
Neste nicho é que se insere o HF atelier de gravura que com duas prensas de tamanho maior que as prensas comuns vendidas no país, oferece, desde 2002, serviços de impressões de gravuras em grandes formatos nas técnicas de xilogravura, gravura em metal e mokulito, além de técnicas experimentais. Comandado por Helena Freddi, Dr.ª e Professora Universitária, com a assistência permanente da artista Bruna Kim, o atelier oferece também cursos e acompanhamento ao desenvolvimento de projetos em gravura.
novembro de 2019
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To launch this blog, I choose a beautiful text written by Helena Freddi for a brittsh magazine, Pressing Matters (número 10). The text is small but full of rich historic information and with a particular point of view from Helena, who worked for years at a traditional italian printmaking studio named A14. She offer for us, printmaking artists, an interesting overview about where we are and what we are making.
Atelier HF overview
Artistic printmaking in Brazil starts only in the beginning of 20th century. Before that, there was only printing by requests from royal court and commerce. This delay is due to the free printmaking practice and teaching were allowed only after Brazil turning into republican regime.
This fact implies that printmaking in the country performs in a little different manner compared to what is normal practice in other countries. The difference is not only related to techniques but also in how work printing studios and how they interrelate with the artists on printmaking.
Although there are shared printing studios in the country, they are used to the practice and development of apprentices. Generally, the artist interested in printmaking will develop him/herself all the work, from designing and engraving process to printing the final work.
The existence of the role of printer or the printing studios dedicated to professional printing for artists is rare, as normally, the artist has his/her own printing studio. When artists have projects that demand specific equipment, they make use of printing spaces that offer conditions to developing their artwork.
In this niche is inserted HF atelier de gravura, having two larger presses than the commonly sold in Brazil, offers services since 2002 for large-format printing in woodcut, etching and mokulito (wood lithography), including experimental techniques. In charge by Helena Freddi, artist, PhD and University teacher assisted permanently by Bruna Kim, artist, the printing studio also offers courses on printmaking: from design, its development and follow-on to its completeness.
Helena Freddi
November 2019
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Bruna Kim
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